Orgulho e Preconceito

A princípio reconheci detalhes que se diferem do livro que li recentemente, mas que se fizesse a leitura há muito mais tempo, talvez poderiam ser imperceptíveis a minha memória. Essa foi a minha primeira impressão, de início. Do meio para o fim as mudanças foram bastante notáveis nos ocorridos, falas, em pontos que ao meu ver são importantes, mas que não foram mencionados ou quando abordados, de forma muito breve. Os Gardirner possuem sim, filhos, dentre outros fatos. Outra observação deve-se que nesse período (do meio para o fim), todos os principais momentos se deram de uma forma muito corrida, de um acontecimento para o outro sem desenrolar-se. Mesmo com alguns exageros, o filme não explorou os revés da trama. O conhecimento dos personagens que o filme nos permite é muito superficial e insuficiente. A personalidade dos personagens fora apresentada também diferente do que imaginei com a escrita, além de alguns com pouca participação. O Sr. Bingley aparenta ser apenas bobo,o que ao meu ver não condiz com o bom humor que o livro lhe atribui e descreve. Elizabeth muito despreocupada e menos determinada, de menor audácia, mais enérgica, apesar do seu real vigor. Para Jane fora dado pouca notoriedade e não pude reconhecer sua tamanha bondade. Collins inseguro e atrapalhado o que pouco ou nada remete a sua impertinência no livro. E Darcy pareceu-me triste em sua representação, diferente de sua postura notável e imponente que o livro nos propõe. Georgiana nada tímida. Wickham, o coronel, Caroline e os próprios Gardirner, foram pouco apresentados com suas participações na história. Fiquei um pouco desgostosa com tudo que já mencionei, mas reconheço a beleza da fotografia e a qualidade de toda a produção e que devido a isso, avalio com as merecidas estrelas. Sim, sou dessas que depois de ler o livro espera um filme a altura, não que esse não tenha chegado perto de alcançar. Atribuo a essa releitura um caráter muito particular.

Assistido e Comentado em 14 de agosto de 2017.